terça-feira, janeiro 30, 2007

sem título

Do Artigo 18, da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.

sábado, janeiro 27, 2007

a oriente

(saída: Metro Martim Moniz, entrada directa para o centro comercial, última merceeiria à esquerda.)
Breve introdução, fora do contexto: É sábado, e por isso apetece trautear música. Apesar das mli e uma coisas que há para fazer, não esquecer que é sábado, e sempre se respira um pouco melhor.
Respirar melhor. Relaxar. Martim Moniz. Tríade em sinónimo, que me acompanha em dias vorazes de tempo e neurónios.
Falando de coisas práticas, impensável é:

Não passar pela loja acima referida (pedi um cartão à sra. simpática) para comprar especiarias, sacos (muito maiores que as marcas habituais) a um euro e picos.

Não comprar (pelos menos para experimentar...) os papari (aquele pão estaladiço que servem como entrada nos restaurantes) que custam 1 euro e dez, e entenda-se que um pacote tem cerca de 20 unidades.

Não passar pelo supermercado chines (prometo que para a próxima trago o cartão, porque há vários sítios, e este é o melhor e mais mais barato), para comprar massas. E tofu!

Comprar frutos secos em qualquer outro sítio. Não há melhor relação qualidade preço. E são uns sacos gigantes.

Ir ao Corte Inglês comprar comida temática onde tudo é o quadrúplo do preço (mesmo!)...e não tem graça nenhuma.

Ah...já me esquecia...comer uma maravilhosa refeição de legumas, carne e peixe (pode-se escolher o que se quiser) e arroz, num sitiozinho bem chinês (não há cá molhangas), no meio da praça. Preço: 3.50, e sobra sempre.

...não, não recebo comissões




domingo, janeiro 21, 2007

overjoyed

(Shirley Cantrell, 2006)




Só me apetece deixar aqui os morangos e sair, sem dizer mais nada.

sábado, janeiro 20, 2007

acidente


A Calma partiu uma perna. Anda dorida e sem paciência para as lides domésticas.

terça-feira, janeiro 16, 2007

inevitável



Bateram á porta.

Truz truz.

- Quem é?

- É o Segundo.

- O Segundo quê?

- O Segundo Semestre, ora!

- Não conheço ninguém com esse nome...

- Conheces, conheces.

E, do outro lado da porta, ouviu-se um risinho.


domingo, janeiro 07, 2007

e assim acontece


A Menina Perfeita tinha uma vida perfeita. As coisas não lhe corriam particularmente bem, ou mal. As coisas eram como deviam ser.

Todos os seus dossiers estavam em ordem, e todos os seus copos para lápis e canetas, seguiam um esquema muito bem organizado. Assim é, quando se é perfeito.

A Menina Perfeita gostava de comer chocolate, mesmo antes da hora de deitar. E não havia algum problema, pois as doses eram sempre as mesmas e muito bem calculadas. Em toda a sua vida, nunca ficara maldisposta.

Uma noite, ao comer um pequeno quadrado de chocolate, a Menina partiu um dente. Ficou muito impressionada com o sucedido. A força do seu pensamento fez cair, em dominó, todos os dossiers.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

para marylin


André Derain. Charing Cross Street. 1905-06.

Aquela perspectiva feita de árvores e alguma luz diz-me coisas. Diz-me que, apesar de todas as luzes ali vivem, se sente sozinha e tão infinita como a idade do chão. Diz-se esquecida entre o princípio e o fim.

Sonha muitas vezes com a queda, de uma ou outra árvore, e tem medo porque não sabe se quer essa liberdade, essa fuga.

Está sempre a calcular as luzes e as sombras para se apresentar em plenos ângulos, que permitam ver aquele começo (que não se pode delinear), e aquele fim (que parece fugir cada vez mais).

Uma dessas noites de lua alta contou-me que nada lhe era generoso. As margens que a faziam viver não tinham as árvores coordenadas, e as copas frondosas voavam quase sempre para lados opostos.
Sentia-se cansada. Eu ouvia com atenção tudo o que dizia, com ânsia de poder ajudar.
Um dia, disse-me: "não te preocupes". Estava tudo bem outra vez, e a luz entrou como sorriso.

Logo começava a falar naquele dia, em que a luz entrou forte e o vento amainou em vénia. E falava do verde, do chão, e dos troncos. Consolava-se a contar-me os dias felizes que, por vezes, aconteciam. E ficava tão brilhante.

terça-feira, janeiro 02, 2007

a menina

A Menina Norma, passeando num pequeno barco de pesca, com as suas amigas.
Apanhar sol e rir de coisas parvas. Que bom.

senhorita janeiro (some like it hot)


Porque hoje é Janeiro.

Porque ainda há restos de sono do ano anterior.

Porque Marilyn parece divertida e sonolenta, com a cabeça cheia de confetis em vez de ideias.

Este é o mês Marilyn Monroe e da Menina Norma Jean.
Díade. Fusão. Confusão. Brilho. Cansaço.