Felícia ansiava que chegasse a sua vez de almoçar. O tempo passava e a sua fome tornava-se maior que o balcão que a separava do Mundo. Estava desconfortável e tudo parecia incentivar essa sensação.
Porque se continuavam a aproximar as Pessoas. Os idosos. Porque não entendiam que ela não podia fazer mais nada?
Como felino a marcar o território, mantem as unhas bem rentes ao tampo da madeira macia.
Na sua cabeça ecoa uma contagem crescente - meio dia e dez, meio dia e quinze, meio dia e vinte e quatro...
O nacarado do verniz quase estala. O seu brilho ameaça todos aqueles que ousam aproximar-se.
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