quarta-feira, fevereiro 20, 2008

o poço

(Akiama Iwao, Which Way Shall We Go, 1989)




Alguns homens discutem entre si:


- No fundo deste poço, existe outro poço. Um pouco mais pequeno, mas bastante parecido.

- À volta de ambos crescem umas pequenas plantas verde escuro. Quase negras.

- No fundo de ambos os poços não existe nada. Nada. Nem sequer é vazio, é simplesmente Nada.

- Antigamente, no tempo em que chovia muito, o poço tinha água até acima, e flores férteis.
-
Mas não há provas de tal ter acontecido.
Por fim, unânimes:
- E sem provas, não se pode julgar o passado.

3 comentários:

Anónimo disse...

Antes de batermos no fundo do poço é importante pensarmos que à sua volta cresce plantas verdes escuras, quase negras. Que são duras, dificeis de agarrar, e que ate nos fazem pensar que é mais facil deixarmo-nos cair, mas que nos encaminham para o topo... e por isso, temos de as segurar, e subir... talvez seja essa a tarefa mais dificil quando estamos a cair, mas a prespectiva nao é boa... no fundo há apenas o vazio, e como tal esta é a nossa unica solução...

Há que pensar, processar e (re)agir...

joana pais de brito disse...

é, acho que é isso...
e esperar que à volta do poço cresçam outra vez flores.

Anónimo disse...

estamos então de acordo... Falta então à Rapariga, que está triste (re)agir, ganhar forças e subir... ao longo do caminho dificil que é a subida, poderá a rapariga encontrar grandes surpresas, as amizades que já estão estebelecidas e as que se vão criando e que servem de apoio e base de suporte para essa tortuosa subida.

Fica bem

CA